quarta-feira, 16 de março de 2016

League of Legends. Campeã Miss Fortune, a Caçadora de Recompensas. Habil...





League of Legends gameplay. Conheça a jogabilidade da campeã Miss Fortune.

Habilidades:

Batida do Amor:

Miss Fortune causa Dano Físico adicional sempre que ataca um novo alvo.

Dois por Um:

Miss Fortune dispara em um inimigo, causando dano a ele e ao alvo atrás dele. Ambos os acertos também podem aplicar Batida do Amor.

Desfilando:

Miss Fortune passivamente recebe Velocidade de Movimento quando não é atacada. Essa habilidade pode ser ativada par conceder Velocidade de Ataque adicional por um momento, podendo ser prolongado com Batidas do Amor sucessivas.

Chuva de Disparos:

Miss Fortune revela uma área com uma saraivada de disparos, causando ondas de dano e reduzindo a velocidade de oponentes.

Metendo Bala:

Miss Fortune canaliza uma saraivada de disparos em área de cone à sua frente, causando muito dano a inimigos. Metendo Bala pode causar Acerto Crítico.


Miss Fortune, a Caçadora de Recompensas

“Quanto maior o risco, maior a recompensa.”

Beleza e perigo: existem poucos que podem igualar-se à Miss Fortune em ambos. Uma das caçadoras de recompensas mais infames de Águas de Sentina, ela fez sua lenda sobre um rastro de cadáveres repletos de balas e de vagabundos capturados. Os ecos de suas pistolas gêmeas nos portos podres e da cidade portuária e os cortiços de catadores são sinais de que outro mandado do Painel de Recompensas foi cumprido.

Como a maioria dos que elevam-se à notoriedade no bizarro labirinto salgado de Águas de Sentina, Miss Fortune não carece de sangue em suas mãos. Porém, nem sempre foi assim, ela já foi conhecida como Sarah, a amada filha de uma renomada dama das armas que vivia pacificamente na oficina de sua ilha isolada. A pequena Sarah sempre ajudou sua mãe na forja, enchendo tambores, calibrando gatilhos ou fundindo munição personalizada. A habilidade de sua mãe em fabricar armas de fogo era lendária e suas armas podiam ser encontradas em coleções de muitos nobres ricos. Contudo, elas também eram desejadas por aqueles com maneiras mais escassas e corações mais obscuros.

Um dos que desejava uma dessas armas era o salteador de Águas de Sentina chamado Gangplank. Arrogante e certo de seu poder, ele demandava que a mãe de Sarah fizesse um par te pistolas que nenhum outro homem já possuíra. Um acordo relutante foi estabelecido e, um ano depois, Gangplank voltou pelas armas. Ele vestia uma máscara de lenço vermelho e não tinha a menor intenção de pagar pelas armas - ele estava lá para tomá-las à força.

As pistolas que a mãe de Sarah criou eram obras de arte, canhões de mão gêmeos de precisão letal e beleza requintada. Muito soberbas para pessoas como ele, declarou a mãe de Sarah, vendo o pirata brutal que Gangplank se tornou. Enfurecido, Gangplank tomou as pistolas e a matou com suas próprias criações antes de voltá-las ao esposo e para Sarah. Então, por ódio, ele incendiou a oficina e destruiu ambas as pistolas no chão, declarando que se elas eram boas demais para pessoas como ele, que ninguém as teria.

Sarah acordou em agonia, seu cabelo cor de palha manchado de vermelho com o sangue de sua mãe e com balas alojadas em cada lado de seu coração. Ela rastejou das ruínas em chamas de sua casa com os restos quebrados das duas pistolas grudadas em seu peito ensanguentado. Seu corpo foi curado, mas parte de sua mente continuou presa na oficina em chamas de sua mãe e nenhuma quantidade de sabão podia lavar o vermelho vívido do cabelo de Sarah - ou ao menos, essa é a história contada. Pesadelos conscientes e terrores noturnos artomentariam-na para sempre, mas Sarah perseverou com uma consumidora obsessão por vingança. Ela reconstruiu as pistolas de sua mãe e aprendeu tudo o que podia sobre o salteador de máscara vermelha durante sua ascensão ao poder, preparando-se para o dia quando ela estaria pronta para eliminá-lo.

Navegando para Águas de Sentina, Sarah matou seu primeiro homem minutos depois de pisar nas madeiras tortuosas do cais, um pirata embriagado com um galão da bebida Negro de Myron na barriga e uma recompensa por sua cabeça. Sarah atirou nele em seu estupor e arrastou seu cadáver até o Painel de Recompensas, antes de recolher mais uma dezena de mandados.

Em uma semana, todos haviam sido completados e todos os criminosos que tinham a má sorte de serem caçados por Sarah estavam mortos ou acorrentados. Ela rapidamente ganhou uma reputação amedrontadora nas tavernas e covis de apostas de Águas de Sentina, ganhando o apelido de Miss Fortune, o infortúnio dos foras da lei, para inspirar medo naqueles que ela caçava e para mascarar suas verdadeiras intenções com medidas extravagantes. Gangplank nunca a veria chegando; ela seria apenas mais uma caçadora de recompensas dentre muitas nas ruas cheias de Águas de Sentina.

Nos anos seguintes, contos da Miss Fortune espalharam-se distante e amplamente, um mais extravagante que o outro. Ela capturou a Syren de um capitão que aprendeu da maneira difícil o que acontece quando se escorrega uma mão onde ela não é desejada, afogou o mestre dos Corsários Faca de Seda em um barril de seu próprio rum e arrastou o corta-meretrizes de seu lar na barriga de um leviatã meio desmembrado nas docas da matança.

Gangplank ainda era muito poderoso para ser confrontado abertamente, então Miss Fortune despendeu seus anos sabiamente, envolvendo-se com uma pequena legião de aliados e amantes que ela eventualmente poderia usar para matar seus demônios. Porém, apenas matar Gangplank nunca seria suficiente para Miss Fortune. Somente com sua humilhação e depois de queimar até as cinzas tudo com que ele se importa iria satisfazer a caçadora de recompensas dos cabelos rubros de sangue.

O dia finalmente chegou.

Miss Fortune arriscou tudo para tomar a investida contra Gangplank. Todas as tramas culminaram na visão do Presságio da Morte em chamas sendo afundado junto ao cais e o Rei de Águas de Sentina destituído. O melhor de tudo, todos em Águas de Sentina viram-no afundar.

Agora, com Gangplank deposto, todos os capitães e manda-chuvas da cidade portuária querem sua posição.

A batalha por Águas de Sentina começou.

O Cais Branco de Águas de Sentina recebeu seu nome graças à camada de fezes de pombo cobrindo-a de ponta a ponta, o que é o mínimo esperado no local de descanso para os mortos. As pessoas aqui não enterravam cadáveres; eles os retornavam ao oceano. Uma cova dos mortos afundados ficava suspensa nas profundezas gélidas, marcadas por centenas de lápides-bóias. Algumas tinham meramente nomes, enquanto outras eram tumbas elaboradas inscritas para lembrar krakens ou as atraentes meretrizes do mar.

Miss Fortune sentava em uma caixa vazia de Rum no fim no cais, pernas cruzadas e um sorriso nocivo em seu lábio inferior. Em uma mão, ela segurava um pedaço de tubo de respiração conectado ao caixão meio-submergido flutuando baixo na água. Na outra, ela mantinha uma corda gasta que passava por uma polia enferrujada e amarrava-se à tampa do caixão. Ambas suas pistolas estavam no coldre em fácil acesso.

O luar emanava um brilho fraco através da névoa vinda do mar, manchando a superfície da água espumante com um amarelo tabaco. Gaivotas carniceiras grasnantes alinhavam todos os tetos esburacados do cais, o que era tido como sinal de boa sorte. Eles reconheciam melhor que qualquer um os sinais de refeições frescas.

“Já era hora”, ela sussurrou, quando um homem de cabeça raspada com um casaco elegante emergiu do pequeno beco cheio de destroços. Um bando de ratos de cais com dentes afiados como agulhas seguiram, esperando que ele estivesse bêbado o suficiente e talvez desmaiasse para tornar-se carne fácil no menu. O nome do homem era Jakmunt Zyglos, um dos Irmãos Pintados. Qualquer corsário vale seus sais e tatuagens, mas cada pedaço de Zyglos estava desenhado com serpentes, nomes de amantes e um registro de todo navio que ele afundou e homens que matou. Sua pele era tão boa quanto qualquer confissão que ela conhecera.

Ele marchou com propósito pelo cais, mas seus olhos saltando de lado a lado entregaram a mentira dessa confiança. Sua mão apertava um longo sabre com a lâmina dentada que estava abaixo de seu quadril. Ele também empunhava uma arma de fogo, uma carabina grossa com tubos de vidro subindo ao longo do cano.

“O que ele é?” demandou Zyglos. Você disse que o traria”.

“Isso é um hex-mosquete de Piltover?” ela perguntou, ignorando-o.

“Me responda, maldição!”

“Você primeiro,” disse Miss Fortune, soltando um pouco de corda pela roldana e permitindo que o caixão afundasse um pouco mais. “Além do mais, não tenho certeza do comprimento desse tubo de respiração e você não quer que seu irmão fique sem ar, não é mesmo?

Zyglos respirou e ela viu a tensão sair dele.

“Sim, maldita seja, é de Piltover”, ele disse, sacando a arma e segurando-a pelo guarda-mato.

“Caro,” disse Miss Fortune.

“Acho que você saberia”, ele desdenhou.

Ela soltou ainda mais corda. Bolhas de ar escaparam do agora totalmente submergido caixão. Zyglos levantou as mãos, imediatamente arrependido.

“Tudo bem! Tudo bem!” ele implorou. “É seu. Puxe-o. Por favor.”

“Você virá em silêncio?”

Zyglos soltou um ruído de risada fadada.

“Que escolha eu tenho?” ele perguntou. “Você afundou meus navios e matou todos meus homens. Você enviou gente de meu sangue ao abrigo dos pobres ou à cadeia e pelo quê? Uma arma hex roubada? Uma recompensa?”

“Um pouco de ambos e algo mais?”

“Então quanto eu valho para você, cadela?”

“Dinheiro? Quinhentas serpentes prateadas.”

“Todo esse caos por causa da porcaria de quinhentas serpentes?”

“Não foi o dinheiro que te matou. Foi o fato de que você é um dos homens de Gangplank”, disse Miss Fortune. “É por isso que o quero morto”.

“Morto? Espera, o mandado diz vivo!”

“Verdade, mas eu nunca fui muito boa em seguir instruções”, disse Miss Fortune, soltando a corda e o tubo de respiração. O caixão mergulhou na escuridão dos mortos afundados, deixando um rastro de bolhas frenéticas. Zyglos gritou pelo nome de seu irmão e correu até ela, sacando sua espada serrada. Ela o deixou chegar a uma distância curtíssima antes de sacar suas armas e disparou contra ele com ambas, um tiro passou pelo olho e outra no coração.

Miss Fortune cuspiu seu charuto no mar e soprou a fumaça de cada arma.

“Legítima defesa”, ela disse com um sorriso, ensaiando sua mentira para os outros caçadores. “Tolo demente veio até mim com aquela espada dentada dele. Não tive escolha”.

Miss Fortune abaixou para pegar a hex-carabina. Ela virou a arma nas mãos. Muito leve para seu gosto, mas feita como uma obra de arte e absurdamente letal. O vulto de um sorriso beliscou o canto de sua boca quando ela lembrou do calor da antiga oficina, o cheiro de óleo de arma e o toque da mão de sua mãe em seu ombro. Miss Fortune suspirou e espantou a memória antes que ela se ficasse desagradável. Ela atirou a pistola na água, deixando-na com os mortos nas profundezas. Pois o mar clamava pelo que lhe era devido e ela não o enganou; a arma valia uma pequena fortuna.

Ela levantou e caminhou de volta para Águas de Sentina. Ela sabia que deveria ter atirado o cadáver de Zyglos na água também, mas os ratos de cais e as gaivotas precisavam comer, não?

Sem falar que carne fresca era uma iguaria rara no Porto Branco.


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